19 fevereiro, 2008

Conto de farsas.

Era uma vez – não, ficou muito clichê, aborte esse começo -, existia alguém.

Um alguém que vivia de coração, que vivia de alma, que vivia das pessoas.

Ela existia, mas, o mundo se tornou bem menos inocente – cretino e ordinário -, só restou a ela sentar de costas e enxergar o que ela conseguisse ver.

Hoje você deu azar, não estou disposta a escrever para você. Vou despejar algumas palavras e vírgulas para tentar aliviar algo que ta incomodando, não, doendo.

Quais são as palavras que nunca são ditas?

Sinto-me desesperada quando olho ao meu redor e não encontro nada, mas eu já deveria estar acostumada, pra que tanto drama? A solidão já esta tatuada em mim – e eu nem senti dor, nem percebi, ela se tornou parte de mim.

As farsas que tento compor e recitar me tornam miseravel. A internet acaba por disfarçar as pessoas e confundir os sentimentos - talvez o que eu quero nem passe na cabeça do ser.

Principes não existem, eu não sou uma princesa e as bruxas que me rodeiam não sabem voar. Eu queria ter um castelo, queria saber nadar.

Já deixei de crer no amor - lastimavel e absurdo -, mas, sou exigente, quero um amor que tenha um cavalo branco e que saiba me fazer sorrir - perda de tempo.

Eu estou aprendendo que não posso escolher o que eu sinto, mas, posso escolher o que fazer a respeito – e estou vendo que não sou boa nisso.

Na verdade a solidão só esta me pinicando agora porque quem eu gostaria que estivesse aqui, não está. Distância, sempre ela. Maldita!

E uso a risada pra esconder os fatos, não quero ser descoberta.

Mas, o ciúme me entrega, a quem eu quero enganar? – Quem eu puder, ora.

Doe um pouquinho ali, naquele lugar, e meu estomago continua vazio e nada que eu engula consegue aliviar.

Tento afastar-me ao máximo da maldita linha que insiste em me mostrar o fim.

Preciso fugir daqui pra ser feliz para sempre.

Fim.

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