17 março, 2008

Dispenso a previsão.


T
alvez eu seja uma ótima observadora e até sensível a toques, gostos e cheiros.
Mas eu não sei escutar. É, não sei não.

Não me importo se alguém lê o que eu escrevo aqui – sou grata pelos que fazem isso, afinal qual escritora não quer ter suas palavras mastigadas? Mas, falaremos disso mais tarde. -, o arcano é pra ser escrito e não para ser lido, se é que você me entende.

Pensamentos viram palavras. E palavras viram pensamentos. Ou seja, prefiro que minhas palavras perturbem sua mente. Tudo o que somos é resultado do que pensamos.
Você não irá discutir comigo – e se por acaso querer arriscar, venha com bons argumentos. Posso arrancar informações sem você nem perceber.
Não sou completamente inútil, eu sirvo de mau exemplo.
Não sou completamente inútil, sei chamar a atenção.

O que sobrou de ontem, não é nada alem do que vai faltar amanha. E agora eu não ouço mais todas velhas novidades da sua vida. Cansei de tentar agradar as pessoas – estufo o peito – danem-se!
Eu tenho pensamentos. Eu tenho palavra. Eu existo.

Escrever me fortalece, se transformou em uma rotina, em uma necessidade e em uma metamorfose. Palavras me acompanham ate no chuveiro. E eu nunca encontro uma caneta quando preciso.

Não sei se o que escrevo aqui atinge ou te afeta de alguma maneira. A questão é que você esta lendo isto. Eu estou em sua mente, imagine minha voz.
Talvez eu te escreva quem sabe escrava pra você – se conseguires ler as entrelinhas terei que matá-lo. Você sabe de mais.
Busco com tudo isso encontrar uma forma de vida inteligente. Por favor, se você estiver ai, faça contato. – estralo meus dedos.

Eu dispenso a previsão - perca chance de ficar calado -, vou te mostrar a outra forma de ver a forma. Encontro-me em constante estado de adaptação...
Você passa sua vida toda perseguindo palavras e nem se quer sabe o que elas realmente querem dizer.
Você perde sua vida inteira, atrás de um sonho, enquanto não sabe nem o que é dormi.
Se não me falhe a memória, eu quero me enroscar num canto e morrer. – sorria. O humano é assim, só dão valor quando perdem.

Preciso ir dormir, amanha tenho que copiar as resposta de história e os cálculos de matemática – espero que me passem certo -, e sobre ser escritora te conto outra hora, mas, me pergunte. Estou treinando amnésia.

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